A confrontação empática é uma técnica central na Terapia do Esquema, que busca equilibrar a compaixão com uma postura firme ao lidar com os modos críticos. Essa abordagem permite que o terapeuta crie um ambiente de validação para o paciente, ao mesmo tempo em que estabelece limites claros para os modos críticos, como o Crítico Punitivo, o Crítico Exigente ou o Crítico Indutor de Culpa.
Neste artigo, vamos explorar o que é a confrontação empática, por que ela é eficaz e como aplicá-la em diferentes fases da terapia.
O Que é a Confrontação Empática?
Confrontação empática é o ato de validar a experiência emocional do paciente enquanto se estabelece limites para os modos críticos. Essa técnica é especialmente útil na Terapia do Esquema, onde o terapeuta atua como um “pai bom o suficiente”, que confronta o crítico de maneira compassiva, mostrando ao paciente que ele merece respeito e cuidado.
Por Que a Confrontação Empática Funciona?
Essa técnica é eficaz porque aborda as raízes emocionais dos modos críticos sem os fortalecer. Quando o terapeuta responde com empatia, o paciente se sente compreendido e aceito, o que reduz a necessidade de se apegar ao crítico para validação. Ao mesmo tempo, o limite claro e respeitoso ajuda o paciente a questionar e desafiar as mensagens negativas desses modos.
Como Aplicar a Confrontação Empática nas Sessões?
- Identificação do Tipo de Crítico: Primeiramente, é importante entender qual tipo de crítico está presente. O Crítico Punitivo, por exemplo, exige uma abordagem mais direta e firme, enquanto o Crítico Indutor de Culpa pode exigir uma abordagem mais compassiva.
- Confronto com Compaixão: O terapeuta deve validar a experiência do paciente, reconhecendo que o crítico pode ter “boas intenções” na tentativa de protegê-lo. Esse reconhecimento permite uma intervenção mais leve, onde o paciente não se sente atacado, mas encorajado a explorar novas perspectivas.
- Empoderamento do Adulto Saudável: A confrontação empática ajuda o paciente a fortalecer o modo Adulto Saudável, capacitando-o a lidar de forma independente com seus modos críticos. Esse processo oferece uma alternativa de autocompaixão e autoconfiança para o paciente.
A confrontação empática é um recurso valioso para terapeutas do esquema, pois permite que os pacientes se sintam validados enquanto desenvolvem habilidades para enfrentar seus críticos internos. O equilíbrio entre confronto e compaixão transforma a terapia em um ambiente de cura e autodescoberta.
Referência: BEHARY, Wendy; BROCKMAN, Rob. SCHEMA THERAPY BULLETIN. SUMMER 2023. ISST.