Psicoterapias
Baseadas em Evidência
A minha primeira Especialização foi em
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC),
seguida da Formação em Terapia do Esquema (TE),
Formação em Terapia Comportamental Dialética (DBT) e
Formação em Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT).
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)

As emoções são respostas complexas, que surgem de como interpretamos eventos e situações. Na TCC, entendemos que nossas emoções, como ansiedade, tristeza ou raiva, estão frequentemente ligadas a interpretações e julgamentos que fazemos no momento. O objetivo é reconhecer essas emoções, entender suas origens e aprender a regulá-las de forma saudável.

O comportamento é a maneira como reagimos a diferentes situações, tanto internamente quanto externamente. Na TCC, observamos como nossas ações podem reforçar padrões emocionais negativos. Por exemplo, evitar uma situação desconfortável pode fortalecer a ansiedade. O foco é identificar esses comportamentos e, com técnicas práticas, substituí-los por reações mais adaptativas.

A cognição refere-se aos pensamentos e crenças que moldam nossa percepção do mundo. Na TCC, trabalhamos para identificar pensamentos automáticos e crenças disfuncionais que influenciam nossas emoções e comportamentos. Através de técnicas de reestruturação cognitiva, buscamos modificar pensamentos distorcidos e substituí-los por interpretações mais equilibradas e racionais.
Terapia do Esquema (TE)

Esquemas são padrões emocionais e cognitivos profundos, formados a partir de experiências da infância. Eles influenciam como interpretamos e reagimos às situações atuais. A TE trabalha para identificar e modificar esquemas disfuncionais, ajudando o paciente a desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com suas emoções e relações.

Os modos são estados momentâneos de emoção e comportamento ativados por esquemas. Na TE, esses modos são explorados e categorizados (como modos de criança, pai crítico e adulto saudável), e o objetivo é ajudar o paciente a reconhecer e gerenciar melhor esses modos, promovendo o modo “adulto saudável”.

A relação entre terapeuta e paciente é essencial e funciona como um “relacionamento reparador”. O terapeuta atua de forma empática e acolhedora, ajudando a preencher necessidades emocionais que foram negligenciadas no passado, promovendo cura e transformação.
Terapia Comportamental Dialética (DBT)
A DBT trabalha o equilíbrio entre aceitar as emoções e comportamentos do paciente enquanto o incentiva a adotar mudanças. A aceitação traz validação, enquanto as técnicas de mudança ajudam o paciente a desenvolver habilidades para lidar com situações de maneira mais saudável.

A regulação emocional é um ponto central na DBT, onde o paciente aprende a entender e gerenciar suas emoções intensas. Isso ajuda a reduzir impulsividade e promover comportamentos mais adaptativos, especialmente útil em situações de sofrimento intenso.

Mindfulness, ou atenção plena, é a prática de se manter presente e consciente sem julgamento. Na DBT, essa habilidade permite que o paciente observe seus pensamentos e sentimentos com mais clareza, reduzindo reações automáticas e ajudando a ter maior controle sobre suas ações.
Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)

Na ACT, o foco não é eliminar emoções ou pensamentos negativos, mas sim aceitar e permitir que esses sentimentos existam sem tentar controlá-los. A ACT ensina o paciente a reconhecer e acolher suas emoções, compreendendo que elas são parte natural da experiência humana e que lutar contra elas pode amplificar o sofrimento.
Em vez de buscar a eliminação de sentimentos desconfortáveis, a ACT orienta o paciente a agir de acordo com seus valores, mesmo diante do desconforto. Ao focar em ações alinhadas com o que é mais importante para ele, o paciente consegue conduzir sua vida de forma mais significativa e autêntica, fortalecendo o comportamento baseado em propósito.

Na ACT, desfusão cognitiva é a prática de observar os pensamentos como eventos transitórios e não como verdades absolutas. O objetivo é ajudar o paciente a criar uma distância psicológica dos pensamentos, percebendo-os de forma neutra. Com isso, ele consegue escolher como responder, sem se deixar dominar por pensamentos automáticos e potencialmente limitantes.
As psicoterapias baseadas em evidências são intervenções psicológicas cuja eficácia foi comprovada por meio de pesquisas rigorosas e controladas. Elas se fundamentam em teorias científicas e utilizam técnicas validadas para tratar uma variedade de transtornos emocionais e comportamentais. Essas abordagens visam reduzir o sofrimento e promover mudanças positivas ao focar em processos específicos, como o reconhecimento de padrões de pensamento, a regulação emocional e a modificação de comportamentos. A adoção de práticas baseadas em evidências assegura que os tratamentos sejam eficazes e adaptáveis às necessidades individuais, promovendo um atendimento ético e de qualidade na prática clínica.
A supervisão em psicologia é um processo fundamental para o desenvolvimento profissional e ético do psicólogo, especialmente na formação de habilidades clínicas e na consolidação do raciocínio terapêutico.
Durante a supervisão, o profissional tem a oportunidade de discutir casos, refletir sobre suas intervenções e receber orientações de um supervisor experiente, o que promove autoconhecimento, aprimoramento técnico e suporte emocional.
Esse acompanhamento é essencial para a prática segura e eficaz, ajudando a evitar vieses e falhas na condução terapêutica. Além disso, a supervisão permite que o psicólogo se mantenha atualizado em métodos e intervenções baseadas em evidências, reforçando seu compromisso com o bem-estar do paciente e a excelência profissional.

A supervisão em psicologia exerce três funções principais: restauradora, formativa e reparadora, que são fundamentais para o desenvolvimento profissional e emocional do psicólogo.
- Função Restauradora:
Esse aspecto da supervisão fornece ao psicólogo um espaço seguro para processar e lidar com o impacto emocional do trabalho clínico, que pode ser desafiador e, por vezes, desgastante. Ao discutir suas próprias reações emocionais e eventuais dificuldades pessoais, o profissional restaura seu equilíbrio emocional, fortalece sua resiliência e se mantém apto a oferecer um atendimento de qualidade. - Função Formativa:
A supervisão tem um papel educacional, formando e aprimorando as habilidades técnicas e teóricas do psicólogo. Ela oferece uma orientação contínua para que o profissional desenvolva competências clínicas, aprimore seu raciocínio terapêutico e aplique intervenções baseadas em evidências, elevando a qualidade de seu trabalho e o embasamento teórico-prático. - Função Reparadora:
A função reparadora busca corrigir possíveis distorções ou erros na prática clínica. A supervisão permite identificar e ajustar intervenções ou atitudes que podem estar influenciadas por preconceitos, crenças pessoais ou limitações técnicas. Com esse ajuste, o psicólogo consegue atuar de forma mais ética, assertiva e adaptada às necessidades do paciente, promovendo intervenções mais eficazes e respeitosas.
Essas três funções complementares fazem da supervisão um recurso essencial para o crescimento contínuo e a excelência do trabalho terapêutico, contribuindo para a saúde mental tanto dos pacientes quanto dos próprios psicólogos.